Pérolas Augusto Cury
Aqui há um principio interessante e sofisticado. Todas as pessoas que ficam íntimas de Cristo perdem espontaneamente o medo de assumir sua história, se interiorizam e se tornam fortes em reconhecer suas fragilidades.
A solidão é drástica, insidiosa e silenciosa. Falamos eloquentemente do mundo em que estamos, mas não sabemos falar do mundo que somos, de nós mesmos, dos nossos sonhos, dos nossos projetos mais íntimos. Não sabemos discorrer sobre nossas fragilidades, nossas inseguranças, nossas experiências fundamentais.
O ser moderno é prolixo para comentar o mundo em que está, mas emudece diante do mundo que é. Por isso, vive o paradoxo da solidão.
Muitos só conseguem falar de si mesmos diante de um psicólogo, porém, não há técnica psicoterápica que resolva a solidão.
No terreno árido das relações sociais é que a solidão deve ser tratada. É no mundo exterior que devemos construir canais seguros para falar de nós mesmos, sem preconceitos, sem medo, sem necessidade de ostentar o que temos. Falar demostrando aquilo que somos.
O que somos? Somos uma conta bancária, um título acadêmico , um status social? Não. Somos o que sempre fomos, seres humanos.
As raízes da solidão começam a ser tratadas quando aprendemos a ser apenas seres humanos. Parece contraditório, mas temos grandes dificuldades em retornar as nossas origens.
O dialogo em todos os níveis das relações humanas está morrendo, as relações carecem frequentemente de profundidade. Falar de si mesmo? Aprender a se interiorizar e buscar ajuda mútua? Remover nossas mascaras sociais? Isto parece difícil de ser alcançado. Talvez fosse melhor ficar ligado na TV , plugado nos computadores e viajar pela internet?
Cristo criou ricos canais de comunicação com seus íntimos. Tratou as raízes mais profundas da solidão. Construiu um relacionamento aberto, ricamente afetivo, sem preconceitos. Valorizou elementos que o poder econômico não pode comprar, que estão no cerne das aspirações do espírito humano, no amago dos pensamentos e das emoções.
Cristo reorganizou o processo de construção das relações humanas. As relações deixaram de ser um teatro superficial para serem fundamentadas num clima de amor poético, regado a solidariedade, em busca da ajuda mutua, de um dialogo agradável.
Cristo ensinou:
A arte de pensar
Os caminhos da tolerância
A sermos fieis as nossas consciências
Vacinou contra a competição predatória
Ensinou a superar a ditatura do preconceito
Aprendemos a trabalhar com as nossas dores e frustrações
Desenvolvemos as funções mais importantes da inteligência.
Obrigada Senhor por ser meu pastor, meu mestre, meu amigo.
A ti todo o meu louvor!
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