domingo, 25 de maio de 2014

O Espírito Santo é a solução para nossas vidas

 

 

Guardar os mandamentos do Senhor é a melhor forma de amá-lo. A prova de que amamos o Senhor é guardando os seus mandamentos.
Muitas vezes enfrentamos tribulações, que não passam naquela hora, duram muito tempo. Eu mesmo vivi uma tribulação que durou cinco anos. E porque o Senhor estava no barco, hoje estou aqui de pé e enxuto.
A solução para enfrentar as tribulações é o permanente amor pelo Senhor. Quado estamos atribulados nem os sentimentos estão presentes, mas a única forma de amar o Senhor é guardando os seus mandamentos.
Talvez o seu barco esteja virando, ou já até virou, mas permaneça com o Senhor e demonstre o seu amor. Na hora da tribulação a gente não sente a presença de Deus, porém Ele está. Confie, pois vai chegar uma hora em que o Senhor vai se colocar de pé, e dará a ordem aos vergalhões e aos ventos: “Silêncio. Cala-te, acalma-te!”
O segredo é cumprir os mandamentos, aí o Senhor se manifestará e acalmará as tempestades. Toda a liturgia deste Domingo gira em torno do Espírito Santo, o Paráclito, o advogado de defesa.
Meus irmãos, como nós precisamos de uma advogado de defesa, os ataques são muitos. Pessoas de carne e osso que falam mal, caluniam, investem contra nós. Precisamos de um advogado de defesa, de um defensor, o Espírito Santo, o Paráclito. É preciso invocar o Espírito Santo e pedir: “Sê o meu defensor”.
Além das pessoas humanas, também há também o inimigo, o demônio que nos quer mal. Quem será o meu defensor? O Espírito Santo. Satanás nos tenta e quer levar-nos ao pecado, sendo ele espírito não podemos contar apenas com nossas forças, é preciso contar com forças também espirituais. E não há ninguém melhor que o Espírito Santo.
“Quem acolhe os meus mandamentos, este me ama...” A coisa mais linda que pode acontecer conosco: Jesus se manifestando a mim. O Senhor se manifesta em nosso interior, particularmente.
Você faz uma massa e ela precisa crescer, então coloca um pano por cima para conservar aquele calorzinho, e ali a massa cresce. Deve ser assim também em nós, com a presença de Deus. Até sendo ousado, é como se ficássemos grávidos, grávidas de Jesus. É preciso gerar a presença de Deus em nós como diz a liturgia: “Santificai em vossos corações o Senhor Jesus Cristo, e estai sempre prontos a dar razão da vossa esperança a todo aquele que vo-la pedir” . (1 Pedro 3,15)
“Com esperança vencerás a tribulação” é o tema do acampamento, e o que garante a nossa esperança é o Espírito Santo. Naqueles dias como nos aponta a primeira leitura, Filipe vai para a Samaria e ali Deus faz maravilhas na vida das pessoas através de Filipe. Porque ele trazia algo novo, a Palavra, a doutrina de Jesus. Veja que ele era judeu, os Samaritanos eram inimigos dos judeus. Os outros Apóstolos não acreditavam no que ouviam dizer, que os samaritanos estavam aceitando o batismo de Jesus. A Palavra havia convencido aos samaritanos que até pediam o batismo

"A prova de que amamos o Senhor é guardando os seus mandamentos"  afirma Mons. Jonas Abib

Foto: Wesley Almeida/CN

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Milagres e milagres aconteciam na Samaria. Impuseram as mãos sobre eles e ficaram cheios do Espírito Santo. O bonito foi que Felipe poderia ter imposto as mãos e orado por aquele povo, mas não! Ele respeitou as autoridades e esperou que Pedro e João chegassem a região e o fizesse.
O Senhor quer que aconteça para o Brasil um novo Pentecostes, um novo avivamento como aconteceu naquele lugar. Por mais incrível que pareça, mas a solução para o Brasil se chama derramamento do Espírito Santo, avivamento do Espírito Santo.
Se houver uma avivamento entre nós maravilhas vão acontecer. O Senhor o quer, se não houver um avivamento as coisas continuarão como estão e caminharão até para pior. Mas se houver este reavivar o Brasil terá jeito. Precisamos nos abrir, se até os samaritanos receberam, também nós o devemos.
O Senhor quer que a chama do Espírito reavive dentro de cada um de nós e aconteça, assim como em nossas vidas, na Igreja e em todo o Brasil para que utilizemos dos dons.

Monsenhor Jonas com a relíquia da beata Helena Guerra

Foto: Wesley Almeida/CN

A Beata Helena Guerra é Apóstola do Espírito Santo, ousadamente, escreveu diversas cartas ao Papa Leão XIII. Uma das coisas que ela fez foi dizer ao Santo Padre que o Senhor queria que o século XX fosse consagrado ao Espírito Santo, e o Pontífice o fez.
Anos depois, ao falecer Pio XII, os cardeias estavam na dúvida de quem escolheriam para ser Papa, decidiram por um Papa de transição e elegeram, João XXIII, que acabou de ser canonizado. O santo conhecido como o “Papa Bom”, revolucionou a Igreja, convocando sem que ninguém esperasse um Concílio o qual até hoje se ouve falar, e se ouvirá.
A Santa Missa era celebrada de costas para o altar, os padres andavam de batina o tempo todinho. Isso foi modificado, mas isso foram as mudanças acidentais.
Ainda quando São João XXIII era ainda, simplesmente padre, ele visitou uma aldeia e lá verificou que as pessoas se utilizavam dos dons do Espírito Santo. Ali ele viu todos os dons sendo utilizados. Celebrava-se a Santa Missa e as pessoas ainda permaneciam ali por 15, 20 minutos em adoração ou rezando uns pelos outros. Ele levou essa experiências por toda a vida. Ao dar início ao Concílio imagino que Angelo Roncalli queria é que todos fossem batizados como naquela aldeia.
Anos mais tarde na faculdade de Duquesne nos Estados Unidos, alguns jovens Católicos impulsionados pelo livro “A Cruz e o Punhal” de Davi Wilker, pastor evangélico, começaram a se perguntar porque com os evangélicos acontecia tantas conversões, tantas manifestações do Espírito e com os Católicos não. Esses jovens se reuniram para pedir a Deus que acontecesse a mesma coisa com eles.
Passaram o fim de semana reunidos e no Domingo pela manhã uma jovem foi a capela e expôs o Santíssimo, quando começou a rezar orava em línguas, veio outra moça e também começou a rezar da mesma forma, daí todos os jovens que participavam do encontro começaram a orar assim também. Daí em diante começaram se reunir para rezar, e surgiram assim os grupos de oração.
Começando nos Estados Unidos, depois na Europa e foi espalhando-se por todo o mundo. No Brasil chegou nos anos 70. Perceba que Derramamento do Espírito Santo e Concílio Vaticano II estão intimamente ligados. O Papa Leão XIII consagrou o século XX ao Espírito Santo e Ele agiu.

"A solução para o Brasil se chama derramamento do Espírito Santo"; ressalta Monsenhor Jonas

Foto: Wesley Almeida/CN

Aqui no Brasil havia um padre que passou por uma crise, e inclusive deixou de rezar. Deus o inspirou e a única oração que ele fazia era a do Espírito Santo. Esse padre, era responsável por um grupo de jovens, que também vivia uma crise, certamente em decorrência da crise do padre. Se ele não rezava que dirá aqueles jovens.
Certa vez, esse padrezinho convidou o padre Irineu Danelon, hoje cardeal, para ir até aquele grupo e pregar sobre a ação do Espírito Santo na Igreja. O padre responsável pelo grupo de jovens ficou encantado, pois nunca tinha visto aquelas passagens pelo prisma que o sacerdote amigo apontava. Foi então para a capela e disse a Jesus que era isso que ele queria, dessa ação do Espírito que ele precisava.
Naquela época haveria um encontro com o padre Haroldo Hanz, este padrezinho queria muito participar, mas seu superior o havia mandando celebrar missas em outra paróquia. Quando chegou o dia do encontro com padre Haroldo, por providencia divina o superior o mandou ficar e participar do encontro.
O padre Hanz não pode dizer muita coisa, mas falou do que era Renovação Carismática Católica, batismo no Espírito Santo e o que estava acontecendo no mundo a partir destes acontecimentos.
Ao final o padre Haroldo impôs as mãos sobre os outros sacerdotes e orou por cada um deles, o que os outros sentiram não sabemos, o padrezinho não sentiu nada na hora. Mas a partir daquela noite sua vida não foi mais a mesma, ele orou como nunca tinha orado antes, tomou um gosto diferente pela Palavra de Deus. Esse padre sou eu.
Sou fruto da consagração ao Espírito Santo que Leão XIII fez, a pedido da Beata Helena Guerra. Desejo que cada um, também receba o reavivamento do Espírito Santo.
Que não tenhamos a covardia de guardar os dons, que os coloquemos a disposição. Que cada um utilize dos nove dons do Espírito Santo, você que agora lê, receba o Espírito Santo.
É a fortaleza do Espírito que nos fará fortes na tribulação. Que sejamos profundamente carismáticos, cheios dos dons. Oremos, pedindo o Espírito Santo de sabedoria, ciência, fortaleza, entusiasmo, coragem, eficácia... Que sejamos todos cheios do Espírito para sermos fortes na tribulação.
Transcrição e adaptação: Rogéria Nair

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Monsenhor Jonas Abib

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