sábado, 28 de junho de 2014

NOSSO CORAÇÃO PERTENCE A DEUS

 

Sagrado Coração

Quando compreendi que nosso coração pertence a Deus, em mim nasceu uma alívio.

Quando compreendi que Deus não julga somente as nossas atitudes, mas principalmente, o nosso coração,  senti gratidão.

“Não consigo fazer o bem que quero e faço o mal que não quero”, esse é o meu maior impossível há 49 anos.

Ter a consciência de quem sou, do que é correto fazer, do como agir, só que isso não me impede de cometer erros com o outro.

É tão religiosa…

Reza tanto….

Vai tanto a missa…

Meus irmãos… imagine se não fosse assim, por isso, não critique os religiosos, eles começam religiosos, na insistência terminam espiritualizados. Deus age na medida que somos íntimos dele.

Dê graças se você tem alguém que ora na sua família, e perceba, quem ora não é o que se sente santo, mas o que se sente pecador, o mais difícil é o que ora mais.

Jesus já disse: “eu não vim para os bons” – Jesus a misericórdia infinita.

As pessoas perguntam: E não deveria?

Eu respondo: Sim, só que é um processo, não é instantâneo, a mudança é processual, é um PHN diário, é a soma de esforço individual + graça recebida.

O erro é um gatilho disparado, quando se dispara o gatilho impossível conter a bala.

O segredo está em conter o gatilho.

O segredo está em desarmar o gatilho.

O segredo está em quebrar, aniquilar esse gatilho.

O segredo está em descobrir onde está o gatilho.

O meu gatilho é sem dúvida a falta de paciência com o outro, e ela se materializa na minha forma de falar, não na falta de amor, mas na falta de paciência traduzida em palavras.

Paciência para mim é sinônimo de Paz, paciência é a ciência da paz.

Se não tenho paciência é porque não tenho paz.

O que tira a minha paz?

Muitos fatores.

Diante de tudo isso me esforço para julgar o outro cada vez menos, aprendi a calçar a sandália do outro no seguinte aspecto: reconheço que  se o outro pudesse escolher outra forma de ser, com certeza escolheria ser diferente.

Uma pessoa impaciente, raivosa, irada, nervosa, irritada, com dificuldades para um sorriso fácil, que não gosta de ser contrariada, metódica, não gosta de ser como é…  daria muito para mudar.

A rotina massacrante, a falta de amigos, a falta permanente de dinheiro, o desemprego, a falta do lúdico, a falta de liberdade, tira a paz.

Todas essas coisas dificulta a mudança, é um esforço individual, parece simples, mas não é fácil, para mim esforço hercúleo.

Essa realidade de mudança é processual, dependente de fatores externos, intrínsecos, o correto é dentro da realidade ter Paz.

O auto conhecimento é um caminho, exercício diário, vigilância.

É tentar criar hábitos diferentes, isso eu faço: sorrir, ouvir música, dançar, cantar, por enquanto faço mais sozinha que acompanhada, mas, faço.

E espero em Cristo a sua paz, creio na paz que vem do Senhor.

Dentro do cenário luto para não julgar o outro, embora julgue ainda.

Luto para não guardar mágoas eternas, procuro olhar o que move o outro, nasce em mim uma compreensão, e a magoa vai sendo dissipada. Se recebo a graça de Deus de discernir, não vejo em todos a maldade pela maldade, procuro ver o cenário que lhe envolve, que lhe alimenta.

Sabe o o que é que sai na hora que o gatilho é disparado? A palavra mal dita.

Padre Joãozinho diz algumas pérolas sobre julgar que cala o meu coração.

“Nós jugamos porque somos cegos, não temos capacidade de enxergar o que move o outro.

Vemos o outro como uma película de um filme, em que tem vários quadrinhos, mas ao ver o primeiro quadrinho deduzimos o todo, deduzimos o meio, e o fim de acordo com a nossa ótica, e nesse ponto acontece o julgamento.

Graça é ter uma visão ampla: O antes, o durante, o depois.

Peçamos muito ao Senhor a graça de não julgar, estou falando de mim, alguém lendo isso pode dizer, ela julga, sim irmãos julgo, infelizmente pela falta de capacidade de enxergar o outro na sua totalidade, a diferença é que eu peço a Deus essa graça de forma incessante.

Peçamos ao Senhor a graça de calçar a sandália do outro, e entendendo o caminho sejamos misericordiosos, assim  como nosso PAI é misericordioso.”

O que diz Padre Wagner:

Todos nós trazemos uma tendência para julgar, condenamos facilmente as pessoas.

Precisamos ter coragem a uma correção fraterna.

Temos o hábito de colocar nas pessoas etiquetas como aquela de supermercado: Etiqueta da maldade, etiqueta da condenação por um fato etc. não temos a capacidade de ver o antes, o depois e saímos por aí a falar para tantos sobre a pessoa, esquecemos que Deus age na vida de cada um com uma obra de conversão.

Oremos por essas pessoas, por mim que lamentavelmente faço isso, por todos  enfim, acreditando que o nosso Deus é o Deus do impossível.

“Água mole em pedra dura tanto bate até que fura”.

A água é o Espírito Santo.

A pedra é o nosso coração.

Finalizando:Deus me disse na quinta e na sexta uma coisa linda, na quinta ele disse: “eu mudo o seu coração quantas vezes for necessário.”

Na sexta ele disse:” eu faço um transplante de coração.”

Jesus manso e humilde de coração fazei o meu coração semelhante ao teu.

Amém!

 

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